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16 julho 2010

MESMAFEIRA: Brasil mostra o quê?

Quanta novidade na mesmice. Aquele tapete vermelho surrado escondendo os tapumes, um bocado de lojas que vemos todos os dias no centro de JP, aquele mesmo cara cortando legumes com um instrumento maravilha e o xingling que escreve seu nome no grão de arroz. Dá até vontade de usar a artilharia do 15ºBimTz, mas os soldados estão muito bocejantes para isso.
Ao menos, no fim de tudo, a gente pega a baiana e dá um tapa no acarajé. Num é?
É sério, já passou do ponto este angu repetitivo, nossa cidade precisa de eventos como uma Bienal do Livro, um museu itinerante com obras de artistas renomados... não uma feira de Oitizeiro dividida em Stands...
Daí um defensor ferrenho chega e diz:
- Mas movimenta a economia local!
E eu respondo:
- Qualquer descontão nos shoppings também.
É no Espaço Cultural! Festejemos então esta cultura consumista em qualquer espaço mesmo.
Acho que merecíamos mais, a cidade pode muito mais e olha que não sou candidato; mas ainda assim, farei uma promessa: se alcançar esta graça eu prometo que não como mais acarajé!

4 comentários:

Jefferson Cardoso disse...

Sem comentários primo. Muito boa essa sua avaliação dessa "feira de Oitizeiro dividida em Stands". Nossa, garante umas boas risadas esse post!
@br@ção.

Anônimo disse...

quem déra uma bienal do livro em João Pessoa, ou mesmo uma virada cultural porque não...
essa cidade carece muito...

Débora Aquino disse...

Primeiro quero dizer que adorei o termo "feira de oitizeiro dividida em stabds". É exatamente isto que acontece há sei lá quantos anos, nesse mesmo mês de julho aqui em Jampa. Esse seu post em formato de protesto precisa ser repassado em todas as redes sociais, quem sabe um desses candidatos cara-de-pau atenda devidamente às nossas exigências e promova um evento que movimente genuinamente a economia local. Pois, é notável a presença de stands de outros Estados. É a feira de oitizeiro multi-estadual, acho. hehehe
Mais uma vez, parabéns pelo post maravilhoso Matheus.

Anônimo disse...

Ótima radiografia da "MESMAFEIRA", lembro-me bem da correria para montar o stand da empresa em que trabalhava, era simplismente uma ridícula importância, pelo menos para mim.
O espaço em que ela se "organiza", seria melhor utilizado para outros fins como o que você mesmo disse, a viajem intelectual do livro é mais lucrativa para o ser humano que a consumista!
Fora que a cidade e o estado estão em uma localização privilegiada, poderiam melhor utilizar este recurso para uma melhoria cultural e econômica do estado para a população, mais isso é uma outra história!