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10 maio 2010

Cornetando: O que é isso companheiro?

Estamos nos aproximando de mais uma edição da Copa do Mundo da FIFA e isto me faz lembrar de algo que me intriga há tempos no futebol: porque a Europa não respeita os clubes brasileiros?

(créditos da imagem: http://www.ipcdigital.com)

Acompanhei o sorteio dos grupos na África do Sul e era visível o semblante de preocupação dos portugueses, norte-coreanos e marfinenses ao caírem na chave brasileira. Não só deles, e sim, de todos que estavam nesta expectativa.
Pela história e pelas conquistas, a Seleção é temida, vigiada e garimpada pelos valiosos euros que buscam um diferencial em seus times: um brasileiro. Então, podemos concluir que uma Seleção Brasileira se faz de...? Brasileiros. Do Palmeiras, Fluminense, Cruzeiro ou até mesmo do Mixto do MS. Mas aí vêm a mídia que supervaloriza a "UEFA CHAMPIONS LEAGUE" (a Libertadores européia) e acá, no submundo, batizamos nosso torneio com o nome de um banco (por força de contrato e cifras), perdendo, aos poucos, a identidade da competição. Aliás, isto já é prática de nossa Conmebol, criar e extinguir torneios, a citar: Copa Conmebol, Mercosul, Merconorte e olha que a "Copa NISSAN Sudamericana" está indo no mesmo caminho. Mas, para não perder o fio da jogada, penso que o nível da Libertadores (da América), organizadores à parte, é mais "paulera" ou, usando de alegorias, eu diria que a LIGA é como um amistoso: técnico e elegante, calculista, de exibição; e a LIBERTADORES é como aquela peneira onde todos precisam mostrar serviço para serem os escolhidos. Daí, enfim, sai o campeão das Américas. Passaporte carimbado para o Mundial de Clubes onde os louros de sua conquista serão trocados por menosprezo, subestima e desdém. Vamos até o ano de 2006 e assistiremos ao jogo do ULTRA Barcelona FC de Puyol, Iniesta e do Ronaldinho. Gaúcho do RS. Contra mais um sulista: o Internacional de Porto Alegre. Embate tri-legal tchê. Durante a partida, eu ficava besta notando as reações, as expressões faciais dos catalões frente aos Zés, Juniors e Gabirus brasileiros. Me parecia, às vezes, que o "Barça" não estava jogando pra valer, nem precisava suar a camisa para ganhar, não valia a pena. Porém a pena escreveu outra história e aconteceu o inesperado: a derrota. E eles não estavam preparados para isso. Por quê?

(créditos da imagem: http://forum.fifa-evolution.com)

Parafraseando a campanha anti-racista da própria LIGA, isto aconteceu porque faltou RESPEITO.
Se existe tanta cautela ao se enfrentar a Seleção Brasileira, ainda que os convocados em sua maioria atuem no exterior, não se pode esquecer da fonte, da origem: os clubes brasileiros.
É isso: respeito é bom, e todo clube brasileiro gosta.

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