Deixando São Paulo e adotando a Paraíba como lar, não havia saído do Estado já fazia 14 anos. Decidi, então, acompanhar minha esposa em breve viagem à capital pernambucana. Seguimos, em sequência, por Goiana, Abreu e Lima, Igarassú, Paulista, Olinda e enfim, Recife. Não tive oportunidade de conhecer muitas cidades, quiçá capitais, e confesso que o ar da cidade, literalmente, não me fez bem.
A sinalização urbana é deficiente e os sinais de cortesia escassos. Dos bonecos gigantes dá pra se ver que da lama ao caos, os cidadãos em seus maracatus atômicos estão, realmente, prestes a explodir em um desvario alucinante e frenético que nem o ritmado frevo seria capaz de acompanhar. Não é diferente da terra da garoa - pensei. Os recifenses tem até o seu próprio Tietê na Av. Agamenon Magalhães...
Para ser sincero, admirei a rotina dos municípios limítrofes, ou da grande Recife, que ainda mantém o aspecto sertanejo e interiorano do agreste pernambucano. Salve o alto capibaribe! Salve Chico Science, inovador do manguebeat e acima de tudo crítico, pois amou o seu berço assim como aqueles que amam os pavilhões do Santa Cruz, Naútico e do Sport, expostos nas vitrines do São José. E no cais, minha Santa Rita, protejei as palafitas e o lar do goiamuns.
Apesar dos Espinheiros, fizemos uma Boa Viagem, graças a Santo Amaro.
Para os recifes, o açoite das ondas, assim sabemos. Para o Recife, que não sobre o açoite metropolitano das pedras evoluídas.
Voltamos a João Pessoa.
2 comentários:
Faço minhas suas palavras primo.
@br@ço!
Tanto talento deixado de lado. Como pode? Mas o blog é uma ótima idéia pra mostrá-lo ao mundo. Lindo Texto! Parabéns!
Flá Luna
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